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A primeira vez

Posted by Dra. E. on 14:23
Pâmela colocou os pés para fora do carro de seu pai e foi logo pegando a sua mala, ela olhou admirada para o portão que a levaria à sua primeira viagem de avião sozinha. Despediu-se de seu pai e, com a passagem entre as mãos, foi logo procurar o setor de embarque. O coração na boca de tão nervosa, conheceria pessoas queridas nesta viagem. Despachou a bagagem e dirigiu-se ao portão de embarque. Teria mais meia hora de espera até entrar no avião. Deste momento até o instante em que seus pés tocaram o solo catarinense correu tudo muito bem. Foi pegar sua mala e dirigiu-se ao portão, onde esperava que seus amigos a estivessem esperando. Assim que saiu levou um abraço apertado de sua amiga, Renata, que a estava esperando com seu irmão, Bruno e seu pai. Sim, Pâmela ficaria na casa deles, apesar de só conhecê-los pela internet. Respirou aliviada, pois, pelo menos, eles estavam lá para buscá-la. Era bem cedo ainda, não passavam de 9h da manhã, quando eles chegaram em casa. A mãe de Renata os estava aguardando. O restante da manhã correu tranquilamente, eles tiveram um almoço em “família” e, depois, seguiram cada qual para o seu quarto. Pâmela dormiria no quarto com Renata, então seguiram para lá para descansar, ou, pelo menos, tentar descansar. Ao fechar a porta, Pâmela deitou no canto da cama e Renata, próxima a ela no chão. Conversavam normalmente quando Renata aproximou seu rosto e começou a beijar Pâmela. Ficaram ali quase a tarde toda, até que a mãe de Renata chamou-as para lanchar. Foi então que Bruno chegou apressado e chamou as duas para o quarto; “vamos pra Joinville”? “Claro” “Não” responderam as duas ao mesmo tempo. Pâmela estava animadíssima, tinha uma amiga muito querida por lá e gostaria de conhecê-la também. Pegou o celular e logo mandou mensagem marcando o encontro na boate. A noite eles seguiram para o local onde pegariam o ônibus. Pâmela nunca tinha visto tanta gente diferente junta. Foi divertidíssima a viagem. Chegaram na boate e foram logo entrando, especialmente Pâmela que não estava acostumada com o frio que fazia por lá. Uma vez lá dentro, começou a procurar sua amiga Cíntia, que estava do outro lado da pista com uma amiga. Foram ao encontro uma da outra e se abraçaram bem forte, há tempos se conheciam e jamais imaginaram a possibilidade de se ver pessoalmente. Conversavam sorridentes quando Renata se pendurou no pescoço de Pâmela dando-lhe vários beijos como se estivesse “marcando território”. Dançaram muito a noite toda até que o cansaço veio forte fazendo com que Pâmela cochilasse no sofá da boate, ao lado da caixa de som. Acordou assustada com alguém tocando seu ombro, era Cíntia que vinha dançar na sua frente. Parecia uma miragem, um corpo escultural, uma barriga como ela nunca tinha visto, ficou tão encantada, que, sonolenta, tinha que tocar para ver se era real, então começou a tocar aquela barriga linda, devia estar com uma cara de besta muito grande, pois logo fez a amiga sorrir. “O que foi”? “Sua cara, tá babando em mim” disseram arrancando risadas de ambas. “Vem dançar comigo”? disse Cíntia. “Senta você aqui comigo” respondeu Pâmela dando um leve sorriso. “doida, você está acompanhada” - respirou fundo - “é verdade, onde está ela”? “está ali dançando com o irmão e os amigos” “já está quase na hora de irmos embora” “é verdade, melhor você ir pra perto deles, ou vai perder o ônibus” - Pâmela levanta ficando colada em Cíntia. “é, é melhor eu ir, foi um prazer enorme conhecer você pessoalmente” “todo meu” - olhando fixamente uma nos olhos da outra. “Ei, agente já vai, vamos para o ônibus” gritou Renata, assustando as duas que tentavam disfarçar o clima que havia surgido entre elas. Sorrindo descontraída Pâmela disse “prazer, lindona, adorei conhecer você” “eu também, adorei conhecer você” “até qualquer dia na internet” “até”. E, com dois beijinhos, elas se despediram e cada uma seguiu seu rumo. “Vamos”? Perguntou Renata. “Bora”. Entraram no ônibus e Renata ficou olhando para Pâmela com um ar questionador. “O que foi”? Perguntou Pâmela. “Aconteceu algo entre vocês”? “Fisicamente não” “hm” resmungou. “Não houve nada, é sério” “sei” “vai ficar monossilábica mesmo”? - leva uma olhada feia - “vai ficar assim o resto da viagem”? “não, só mais um tempinho, quero ver você sair dessa, srta” “ei, não estraga, ainda tem uma semana inteira para me aturar” “será um prazer...”

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